Na sessão de ontem, o presidente da Câmara, Evangelista Menezes falou sobre o que considera muito relevante no contexto atual: a organização da sociedade, que começa a se conscientizar de que é preferível recorrer às leis do que aos políticos, quando se trata de resolver os problemas da sua cidade ou do país.
O presidente citou alguns exemplos dessa organização: “Há alguns anos, a sociedade organizada, através de abaixo-assinados, exigiu a punição para os políticos que se elegem com a compra de votos. Recentemente, o Senado aprovou o projeto da Ficha Limpa, que também foi uma iniciativa popular. Agora, começa-se a discutir o financiamento das campanhas políticas com recursos públicos, com o valor determinado, e certamente virão outros movimentos”, ressaltou.
Em Apodi, ele destacou a organização dos movimentos sociais e das comunidades rurais relatando sobre um convite que recebeu de uma professora do programa Mova Brasil, em uma turma que funciona no Distrito de Soledade, cujos alunos têm maisde 50 anos. “Todas as noites, essas pessoas se reúnem para aprender, através do método Paulo Freire e debaterem os pontos positivos e negativos da comunidade”, relatou o presidente.
Através de um projeto denominado Sociedade Amigos da Natureza em Ação (SANA), esses alunos fizeram um levantamento da quantidade de estabelecimentos dos mais variados setores do Distrito, destacando os pontos positivos, levando em conta o potencial turístico , que atende a cerca de 6 mil pessoas que visitam o Lajedo mensalmente.
Como aspectos negativos, eles detectaram: ruas sujas, sem coleta de lixo; pavimentação, que não existe mais, apesar da matéria prima do calçamento estar lá; a saúde pública é precária; iluminação pública, que é um problema de todo o município, além da segurança. “Eles vão tentar parcerias para limpar as ruas, que é responsabilidade do poder público, mas são pessoas dignas que em nenhum momento falaram mal da prefeita”, acrescentou Evangelista.
Finalizando seu discurso, o presidente convidou a sociedade apodiense a participar mais dos debates que acontecem na câmara e da elaboração de leis que irão se refletir na vida de todos os cidadãos. “Não está na hora da sociedade intervir na maneira como vem sendo administrada a nossa cidade? Indagou o presidente.