sexta-feira, março 26, 2010

Câmara veta tentativa de imposição para que projeto seja votado às pressas



"Entrei aqui pensando em mudar Apodi, mas encontrei uma parede de concreto, onde estamos sendo podados; não podemos tomar conhecimento das coisas porque elas já chegam aqui decididas", lamenta Evangelista.


"Uma administração pior do que a de Pinheiro, seria o caos. É possível?" Questiona Chico.


"Faça como a senhora fez com a Maternidade, repassando os recursos sem a nossa autorização. Faça do mesmo jeito, não é você quem manda, não é força da mulher?" Desafiou Genivan.


"É lamentável que ela pense que só assinamos papel, mas isso é uma prática dela, que só assina papéis e não discute com a sociedade", critica Ângelo.



" Não é por causa de um ou dois dias que iremos perder o SAMU", garante Júnior Carlos.

 

"Peço que a adrenalina não suba tanto para não fugirmos do debate e das propostas que interessam ao nosso município", ponderou Júnior Souza.


Ontem pela manhã, antes do início da sessão ordinária, os vereadores estiveram reunidos com o secretário de Administração do município, Genilson, a diretora administrativa do Hospital Regional, Gracinha e o enfermeiro Samuel, que defenderam a votação urgente do projeto, que cria um Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do RN, condição indispensável para a vinda de uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A tentativa de mais uma vez, aprovar um projeto sem debater com a sociedade, alegando caráter de emergência, sob pena do benefício não vir para Apodi, irritou os Vereadores em Ação, especialmente o presidente Evangelista Menezes, que foi taxativo: “Não participamos de nenhuma discussão sobre esse projeto e a câmara não o colocará em votação sem debate, porque a prefeita tem que entender que não manda nesta casa”, declarou.

O vereador Júnior Carlos explicou que o SAMU é um projeto do Governo do Estado em parceria com o Governo Federal para ser implantado nas cidades de maior porte e que necessita de parceria com a prefeitura municipal, aprovada pela câmara. “O projeto estava previsto para 2011, mas foi antecipado e o projeto chegou hoje, sob alegação de que Apodi vai perder o benefício, caso não aprove hoje, mas nós queremos participar das discussões e iremos analisar o projeto para depois ser votado. Se o SAMU não vier, vamos analisar quem foi o verdadeiro culpado”, desafia o presidente.

A decisão do presidente foi apoiada pela maioria dos vereadores, que se pronunciaram sobre a tentativa da prefeita de impor que a câmara, sempre que for conveniente para ela, vote projetos às pressas, sem discussão. “Essa casa não votará projetos dentro de quatro paredes, sem discutir com a população. Os poderosos da prefeitura irão tentar confundir a população, colocando a culpa nos vereadores, mas estamos conscientes de que fizemos o correto, para evitar prejuízos, como já aconteceu ao votarmos dessa forma”, justificou Evangelista.

Hoje pela manhã, está marcada uma nova reunião com representantes da área de saúde, inclusive com a presença do secretário Ivanildo Lima para discutir melhor o projeto e se houver um consenso, poderá ser marcada uma sessão extraordinária para votação. De acordo com matéria veiculada no jornal De Fato, nessa primeira etapa nenhum município do Alto e Médio Oeste foi contemplado com o SAMU.

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