"Entrei aqui pensando em mudar Apodi, mas encontrei uma parede de concreto, onde estamos sendo podados; não podemos tomar conhecimento das coisas porque elas já chegam aqui decididas", lamenta Evangelista.
"Uma administração pior do que a de Pinheiro, seria o caos. É possível?" Questiona Chico.
"Faça como a senhora fez com a Maternidade, repassando os recursos sem a nossa autorização. Faça do mesmo jeito, não é você quem manda, não é força da mulher?" Desafiou Genivan.
"É lamentável que ela pense que só assinamos papel, mas isso é uma prática dela, que só assina papéis e não discute com a sociedade", critica Ângelo.
" Não é por causa de um ou dois dias que iremos perder o SAMU", garante Júnior Carlos.
"Peço que a adrenalina não suba tanto para não fugirmos do debate e das propostas que interessam ao nosso município", ponderou Júnior Souza.
Ontem pela manhã, antes do início da sessão ordinária, os vereadores estiveram reunidos com o secretário de Administração do município, Genilson, a diretora administrativa do Hospital Regional, Gracinha e o enfermeiro Samuel, que defenderam a votação urgente do projeto, que cria um Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do RN, condição indispensável para a vinda de uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A tentativa de mais uma vez, aprovar um projeto sem debater com a sociedade, alegando caráter de emergência, sob pena do benefício não vir para Apodi, irritou os Vereadores em Ação, especialmente o presidente Evangelista Menezes, que foi taxativo: “Não participamos de nenhuma discussão sobre esse projeto e a câmara não o colocará em votação sem debate, porque a prefeita tem que entender que não manda nesta casa”, declarou.
O vereador Júnior Carlos explicou que o SAMU é um projeto do Governo do Estado em parceria com o Governo Federal para ser implantado nas cidades de maior porte e que necessita de parceria com a prefeitura municipal, aprovada pela câmara. “O projeto estava previsto para 2011, mas foi antecipado e o projeto chegou hoje, sob alegação de que Apodi vai perder o benefício, caso não aprove hoje, mas nós queremos participar das discussões e iremos analisar o projeto para depois ser votado. Se o SAMU não vier, vamos analisar quem foi o verdadeiro culpado”, desafia o presidente.
A decisão do presidente foi apoiada pela maioria dos vereadores, que se pronunciaram sobre a tentativa da prefeita de impor que a câmara, sempre que for conveniente para ela, vote projetos às pressas, sem discussão. “Essa casa não votará projetos dentro de quatro paredes, sem discutir com a população. Os poderosos da prefeitura irão tentar confundir a população, colocando a culpa nos vereadores, mas estamos conscientes de que fizemos o correto, para evitar prejuízos, como já aconteceu ao votarmos dessa forma”, justificou Evangelista.
Hoje pela manhã, está marcada uma nova reunião com representantes da área de saúde, inclusive com a presença do secretário Ivanildo Lima para discutir melhor o projeto e se houver um consenso, poderá ser marcada uma sessão extraordinária para votação. De acordo com matéria veiculada no jornal De Fato, nessa primeira etapa nenhum município do Alto e Médio Oeste foi contemplado com o SAMU.
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