terça-feira, maio 18, 2010

Apodiense Manoel Georgino é destaque na Gazeta

FERREIRA DA GAZETA

ESPECIAL PARA O EXPRESSÃO
JOFERFILHO@HOTMAIL.COM



Fonte: Gazeta do Oeste

Falar de Manoel Georgino iria consumir dias a fio e seria necessário um livro, e não este humilde espaço, tamanha é a extensão histórica desse apodiense nascido no Sítio Santa Cruz. Georgino não é sobrenome familiar, mas uma homenagem ao angicano Georgino Avelino (José Georgino Alves e Sousa Avelino), que foi deputado estadual e federal, interventor do Rio Grande do Norte, com vários mandatos de senador, emprestando seu nome ao menor município, em extensão territorial, do nosso Estado.

A necessidade de dar uma melhor educação aos filhos Ozanira Maria, Matilde Maria, Adalgisa Maria, Walter, Irenaldo, Manoel Georgino do Carmo e Gilca Maria, fez com que o agricultor Antônio Silvestre do Carmo e sua esposa Raimunda Gertrudes mudassem para a cidade. Era o ano de 1964. Com os irmãos Walter e Irenaldo, Manoel estudou na escolhinha da professora Maria de João Leite, depois a de Lourdes Mota, onde foi preparado para o antigo exame de admissão. Aprovado, concluiu o ginasial na Escola Estadual Professor Antônio Dantas. Já havia ingressado, há tempos, na Escola de Musica da Fundevap, fundação que teve a colaboração do holandês Padre Pedro Neefs.

A família já tinha a veia musical, pois fora presenteada com um cavaquinho pelo tio Filastro do Carmo. Com apenas 15 dias de aulas teóricas e práticas, com o maestro João Evangelista de Sousa, sargento da PM do Estado, Manoel Georgino já tocava tuba na Banda de Música Alex Maia, estreando sua carreira na II Profé, promovida pela Diocese de Mossoró. Chamava a atenção do público um garoto com 13 anos de idade carregar e tocar um instrumento pesando 18 quilos.

UM ARTISTA POLIVALENTE - Veio a fundação do conjunto musical Diamantes, formado, em sua maioria, pelos irmãos Do Carmo. Extinguiu-se esse nome e surgiu Os Explosivos, depois Super-Som Explosivo, que por nove anos fez sucesso em todo o RN, além do Ceará, principalmente depois de adquirir os instrumentos de Os Bárbaros, aposentando os antigos, confeccionados manualmente, em Mossoró, pelo saudoso Luiz do Banjo.

Com a ida de Walter para o Exército, hoje tenente da reserva e maestro em João Pessoa-PB, Manoel Georgino foi para a guitarra-solo, deixando o baixo para Irenaldo, que é escritor, atualmente. Eram promovidos festivais de conjuntos musicais em Mossoró. Lembra de Os Bárbaros, dos filhos de seu Dão Almeida, e de Os Demais, onde estava metido Raimundo Putin. Com a saída de Evangelista, Manoel assumiu a Banda Alex Maia, como maestro, por dois anos.

Como professor, entrou na Secretaria de Educação do Estado, quando militou, por 14 anos, nos movimentos em defesa da classe, chegando à coordenadoria regional da Associação dos Professores do RN, fundando a Casa do Professor, em Apodi, onde até hoje dá suporte àqueles profissionais. Entendeu de ser escritor. Em 1981, escreveu seu primeiro trabalho, com o título Sentenças. Como batia fortemente no governo militar, a censura deu um "chega pra lá" na sua publicação.

Em 82, casou-se com dona Dorezilda Torres de Lima. Parece mentira, mas em 1º de abril de 83 nasceu o primogênito Roosevelt Emmanuel. Nascia também o conjunto musical Os Dominantes, do qual era tecladista. Sucessos dos anos 80 foram por ele representados nos Estados do RN, Paraíba, Ceará e Pernambuco.

Participou do processo de reforma do Estatuto do Magistério, e coordenou esses trabalhos nos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Itaú e Tabuleiro Grande. Era lotado no 13º Nure, com a função de Coordenador Regional de Educação Física e Esporte Para Todos, e coordenador da disciplina Ensino Religioso.

Em 1985, escreveu o cordel Apodi Urgente, obra que denunciava o descaso do poder público com a degradação dos Lajedos de Soledade, com a extração de pedra calcária na Chapada do Apodi, assim como a destruição de obras arquitetônicas, o que fez com que as autoridades judiciais embargassem a destruição da Cadeia de Apodi, que posteriormente foi recuperada na administração do prefeito Simão Neto. Ainda em 85, nasce a filha Ruciane Emmannuelle. Também atuou na mudança da APRN para Sinte-RN. Em 88, nasce a filha Renata Eska.

MUDANDO - Com essa atuação como defensor de direitos e escritos tidos como subversivos, fatalmente Manoel Georgino se transformava num político, vindo a ser candidato a prefeito pelo PT, do qual era membro do diretório regional, chegando a ser o terceiro mais votado, dos quatro em questão. Entrou para a Faculdade de Filosofia. Dois anos apenas, pois precisou exercer atividades comerciais. Por pouco tempo. Confiou em quem não se incomodava com a sua "quebra".

Em 98, mudou-se para Mossoró. Professor do Ceja. De História no Programa de Educação Continuada Tempo de Aprender, da Uern, durante oito anos. Leciona a disciplina na Escola Estadual Gilberto Rola, na Maisa, e trabalha na Unidade Básica de Saúde do PSF Maria Neide da Silva Souza, em Mossoró. Em 2003, lançou a obra literária Ensaios Poéticos, pela Coleção Mossoroense. Além de 87 composições de vários estilos, fez uma música homenageando o sítio arqueológico Lajedo de Soledade, que pretende gravar.

É tecladista do grupo Os Tremendões, participando do seu primeiro DVD, lançado em dezembro de 2006.
É sociofundador da Associação de Músicos e Artistas de Mossoró (AMAM). Recebeu o diploma Melhor Músico 2005, em evento promovido pelo Acapulco's Bar. Em 2007, homenagem da 9ª Amostra de Ciência, Cultura e Arte, do Centro Educacional Elita Carlos, juntamente com Antônio Francisco, Cid Augusto, Nildo da Pedra Branca, Lílian Martins, Gilson Cardoso e eu. Foi convidado, duas vezes, pelo programa televisivo Pedagogia da Gestão, apresentando seus escritos e músicas. Está no prelo Encantos do Meu Sertão - Poemas, e em gestação, Herdeiros de Um Paraíso Perdido, e Pensamentos - A Teoria do Intelecto.

Tem no bojo um CD de chorinhos inéditos, com arranjos e execução de sua autoria, com participação especial do primo Celso Nascimento. Manoel Georgino toca cavaquinho, sax alto, violão, guitarra, contrabaixo, tuba, trombone, teclado e piano. Ufa!!! Quando eu usava barba, muita gente me parava na rua e comentava: "Você toca demais. Eu estava na festa dos Tremendões"??? Depois descobri que estava sendo confundido, para massagear o meu ego, com Manoel Georgino. Que bom!

Fonte: Gazeta do Oeste
 
 

2 comentários:

castelo morais disse...

justa homenagen a esse apodiense de garra pois conheço manoel , ja trabalhei com e seu o quanto ele me ensinou. parabens manoel você é a cara de apodi com o seu jeito de ser.

ASSCOM disse...

Divulguem o Blog da Prefeitura municipal de apodi:

http://www.apodiforte.blogspot.com/


Agradecemos antecipadamente.

ASSCOM APODI