segunda-feira, julho 06, 2009

“ O Senado me envergonha ”

Alexandre Guimarães, 38 anos, é funcionário do senado desde 2004. Chefe da consultoria legislativa, recebe mais de 20 mil reais por mês, entre salário e vários benefícios. Mesmo bem remunerado, pensa em deixar o emprego. Ele conta que não convive direito com os truques armados pelos parlamentares e funcionários da casa.

Como o senhor você chegou ao senado?
Prestei concurso em 2002 e entrei dois anos depois de uma semana estranha, no que ficou conhecido como “o concurso dos 40 do Pedro Costa” (Pedro Pereira da Silva Costa é filho de um jornalista maranhense e trabalha com Sarney desde a Presidência da Republica ). Eu fui o 19° colocado num concurso para preencher apenas três vagas. De repente, chamaram 40. Tudo isso, soube depois, apenas para que um amigo do presidente Sarney conseguisse um emprego no senado.

Havia necessidade de contratar tanta gente nesse concurso?
No começo, não tinha nem mesa para trabalhar. Era constrangedor. Eu ia lá todo dia, assinava o ponto, ficava enrolando um pouco e voltava para casa sem fazer nada.

O senhor já foi beneficiado por algum desses esquemas que vêm sendo denunciados?
Eu consegui autorização do Senado para ultrapassar o limite legal de endividamento pelo crédito consignado. Antes de passar no concurso, também trabalhei com o senador Gilvan Borges (PMDB), no Amapá, até descobrir que meu salário era pago pelo Senado, embora trabalhasse em uma radio do senador. Quando soube, saí de lá.

Os concursos do Senado são disputados por milhares de pessoas... Não vou negar que ganho bem, mas isso também acaba sendo constrangedor. Para começo de conversa, são três ou quatro contracheques por mês. O meu vencimento básico é 6 411 reais. Mas há as horas extras, gratificações, comissões e outros penduricalhos. Somando tudo, dá um total de mais de 23 000 reais. Em alguns meses, o salário bruto ultrapassa o teto do funcionalismo público. (Alexandre recebeu neste mês 32 364,63 reais, incluindo a primeira parcela do 13° salário.) É um jeito que encontraram de pagar mais aos servidores, mas de maneira torta. Vim da iniciativa privada e nunca me acostumei com isso.

Você tem orgulho de ser funcionário do senado?
Atualmente tenho vergonha. Tirei férias no início do mês e fui visitar uns parentes. Foi duro chegar para família e tentar explicar a todo mundo que eu sou diferente dessa imagem do Senado. Em Brasília, não posso mais sair com os amigos, porque virei piada em mesa de bar. Hoje em dia, qualquer proposta me tira do Senado, porque o desgaste não compensa.

Qual é o clima de trabalho no Senado atualmente?
É péssimo. Os funcionários sérios estão constrangidos por ter sido jogados nessa vala comum. E os desonestos estão desesperados de medo de ser pegos. Conheço uma pessoa que passou em um concurso de nível médio e hoje tem três mansões em Brasília. Agora estar em pânico para vender o patrimônio antes que descubram as irregularidades das quais participou. Como ele, há muitos que participaram de esquemas de corrupção.
Entrevista retirada da revista VEJA.

O QUE DIZEM AS PESSOAS SOBRE OS POLÍTICOS E A CORRUPÇÃO


"No Brasil, os cidadãos não têm os mesmos direitos. Quem tem uma posição melhor - tanto políticos,médicos ou advogados de destaque - ganha previlégios e benefícios"
JONH EMILE, 59
Economista - SP

Retirado da Revista VEJA.

Deputado Robinson Faria fala sobre a importância do encontro dos vereadores em Severiano Melo



O Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Robinson Faria, parabeniza os vereadores pela promoção do encontro de legisladores da Região Oeste do Rio Grande do Norte.

“É muito importante encontros como este, pois propicia aos vereadores a oportunidade de debaterem os interesses e necessidades de cada cidade que integra a região, bem como os interesses coletivos em favor do Oeste. Como Presidente da Assembleia Legislativa do nosso Estado, tenho incentivado as Câmaras Municipais a inovarem seu trabalho. Fico muito feliz em saber que os vereadores, desta rica região, estão saindo na frente com iniciativas como esta.”