sexta-feira, agosto 06, 2010

A volta dos trabalhos do legislativo foi marcada pelo debate




A votação do parecer do relatório final do Processo de Infração Político Administrativo contra a Prefeita  de Apodi, Goreti da Silveira Pinto, que tem como autora a estudante Kelly Regina Morais Poncino, movimentou a sessão de ontem, na volta do período de recesso dos trabalhos do legislativo apodiense.

Os ânimos ficaram acirrados entre as bancadas da situação e da oposição, que trocaram acusações e foi preciso o presidente Evangelista Menezes agir de forma enérgica para conter a exaltação de determinados vereadores.

Em defesa da prefeita, o vereador Nildson Fernandes citou o inciso 5 do artigo 21, do regimento Interno da Câmara, insistindo na tese de que a votação do Parecer não podia acontecer, porque desrespeitava o Regimento da Casa.

"Por capricho, influência ou coleguismo, cada um tem seus motivos para votarem, mas eu não poderia me calar diante de uma atrocidade feita com nosso Regimento Interno, desmanchando e desfazendo acordos anteriormente feitos, com o amparo e a assistência da assessoria jurídica", justificou o Nilson.

Em determinado momento do discurso, o vereador pediu com humildade que os colegas reconsiderassem e optassem pelo arquivamento do processo. Até porque, vocês já sabem qual o resultado de tudo isso, que sabemos que não irá adiante", completou Nilson.

Com discurso inflamado, Nilson disse que não adiantava tentar ganhar votos no "tapetão", o que irritou Genivan Varela que rebateu: "acordo às escuras é o que foi feito no dia 30 de dezembro de 2008, na calada da noite, quando os vereadores daquela gestão mudaram o Regimento Interno antes que nos assumíssemos, na tentativa de impedir a eleição de Evangelista para presidente", acusou.

"A prefeita não compareceu em nenhuma das ocasiões em que foi convocaa,  provando mais uma vez que ela não tem respeito por esta casa e nem compromisso com o povo de Apodi, declarou o vereador Júnior Carlos, que também não gostou quando o vereador Nilson disse que havia um acordo para que fosse dado um prazo para a prefeita se defender das acusações.

Também em resposta ao discurso de Nilson, Chico de Marinete fez declarações. "Quem quiser ser influenciado, que siga o seu caminho, mas que cada um tenha o direito de decidir pelo que melhor.Qual o medo de se votar a favor ou contra o Processo?Por que o arquivamento? É só votar e assumir as consequências desse ato", desafiou o vereador.

Assim como Nilson e Arnaldo Costa, o vereador Hélio justificou o fato de votar a favor do arquivamento do Processo. "Não faço oposição a nossa prefeita, desde que ela desenvolva Apodi e como temos visto que várias obras estão sendo executados no município, mesmo com o apoio do Governo Federal, estou a favor da prefeita", ressaltou.