A Prefeitura de Tibau está sem energia elétrica, sem fornecimento de água, sem linha telefônica e sem internet. O caos deixado pelo prefeito cassado Francisco Diniz (PSB). Ele sumiu e fez desaparecer dos cofres públicos R$ 150 mil. Raspou as contas.
O relato é da prefeita interina Evaneide Fernandes, “Neinha”, que está despachando numa salinha emprestada pela Câmara Municipal. O desmantelo que castiga o município-praia não chega a ser novidade, muito menos caso isolado.
Em vários outros municípios é possível constatar a falta de zelo com o bem público. Em Guamaré, entra prefeito e sai prefeito com as mesmas práticas delituosas, “incentivadas” pela montanha de dinheiro dos royalties de petróleo. Recentemente, o atual prefeito Auricélio Teixeira foi acusado de drenar o erário, via esquema de bandas de forró. E Teixeira, que chegou ao poder devido à cassação do mandato de Mozaniel Rodrigues, denunciou o antecessor de rapinar R$ 18 milhões da Prefeitura.
Em tempo: Rodrigues é filho do ex-prefeito – também cassado – João Pedro Filho, que já foi condenado pelos Tribunais de Contas (TCE e TCU) a devolver milhões de reais à Prefeitura e à União. No município de Paraú, os relatos são parecidos, com dinheiro público escapando pelo ralo. Em Macau, idem. Felipe Guerra, também. E tantos outros. O grave é que esses gestores públicos continuam ilesos, soltos e – pasme – legalmente em condição de disputar cargos eletivos. Isso mesmo. Diniz, de Tibau, se fosse o seu desejo, poderia disputar as eleições de 2010.
Mozaniel, de Guamaré, também. E todos os outros, igualmente nocivos ao bem público. Devidamente respaldados por uma legislação frágil, que clama por uma reforma ampla e decente, até negada pelo Congresso Nacional.
Por Cesar Santos – Jornal de Fato
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